O Buraco do Hobbit

Aterrissei em Bruxelas e me dei conta que precisaria alugar um burrico para levar minha bagagem (uma mala de rodinhas pesada, um mochilão, uma mochila e uma bolsa). Como esta opção não era viável, carreguei tudinho eu mesma.

Aproveitei os 30 minutos gratuitos de internet do aeroporto para checar as possibilidades de acomodação. Eu havia enviado alguns pedidos de última hora no couchsurfing (site onde pessoas oferecem seus sofás para viajantes em troca do simples prazer de conhecer novas culturas e de ajudar ao próximo) e também havia mandado uma mensagem para um amigo belga que conheci quando morava numa comunidade nos Pirineus, França.

Para a minha surpresa, havia uma mensagem do amigo belga dizendo que estava no Brasil organizando uma exposição (ele é pintor), ainda assim, ele me passou o seu endereço e disse que eu poderia ficar em seu apartamento – uma amiga dele estava lá e poderia me receber. E, como plano B eu tinha o endereço de um jornalista que me convidou através do couchsurfing para ficar em sua casa. Lá fui eu, como uma tartaruga – com a casa nas costas caminhando na mesma velocidade de uma lesma manca – pegar o ônibus e encontrar o apartamento de meu amigo. Encontrei! … Toquei o interfone uma vez, duas vezes, três … esperei, quatro. Ninguém … parti cansada para o plano B.

Ufa, Harold, o jornalista, estava em casa! Depois recebi a mensagem da moça que estava na casa de Charlie (o amigo belga) preocupada dizendo que não estava mais no apartamento e perguntando se eu tinha onde ficar! …sim, eu tinha!

O flat dele era empoeirado e cheirava a cigarro, mas era aconchegante. Harold, uma figura esguia, simpática e elétrica – parecia um hobbit comprido – me recebeu com um largo sorriso. … próximos capítulos no próximo post!

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