Está dada a largada e e o curso em Ação Humanitária começa na Universidade de Varsóvia (a mesma onde Frédéric Chopin estudou). No grande auditório cerca de 140 alunos de diferentes cantos do mundo ouvem atentamente palestrantes de organizações como Médicos sem fronteiras (MSF), Cruz Vermelha, Organização das Nações Unidas (ONU), entre outros, explicando diferentes aspectos do mundo das “Ações Humanitárias”, que, por sinal, não é tão bonito e altruísta quanto é pintado por aí … neste campo também existe corrupção, interesses políticos e intermináveis dilemas éticos e morais.
A grande massa dos alunos é europeia eu sou a única brasileira e alguns estudantes de países mais exóticos como Bangladesh, Jordânia ou Malawi pipocam aqui e acolá.
Cansada. As aulas duram o dia todo, são super interessantes, mas ainda assim, uma overdose de informação. Além disso, a cabeça a mil com diversas preocupações: onde vou morar? (eu ainda não encontrei acomodação na Holanda, onde se desenrolarão os próximos 5 meses de curso), como vou pagar o curso e o custo de vida? (com o indagoo e algumas economias consegui pagar a primeira – de três – parcelas do curso e consigo me bancar por alguns meses, mas e depois?), será que consigo algum emprego por lá mesmo sem falar a língua e sem ter permissão de trabalho? E se eu adoecer novamente? Será que vou dar conta de alcançar as notas e ser aprovada numa instituição europeia conhecida por ser rígida? … e a longa lista de incertezas e preocupações segue e o nível de stress alcança as alturas e saracoteia embalado pela melodia de Chopin… tralararaRARAadrindrindrin… (transcrição da melodia ao fundo dos pensamentos).